«Deu esta noite á costa, na Magdalena, a galera franceza Caroline, de 4 mastros e 4:300 toneladas de lotação».
«O naufragio da galera franceza Caroline, que hontem noticiei, deu-se n’uns rochedos chamados da Meia Broa. A Caroline vinha de Iquitos (Peru) com carga de salitre. Salvou-se a tripulação, mas o navio e a carga acham-se totalmente perdidos. O desastre deu-se em consequencia de grande cerração».
[Gazeta de Notícias, edições de 4 e 5 de setembro, 1901]
A 1,3 km desde o centro da Madalena, no sentido sul, estamos no porto da Areia Larga. Com uma posição dominante sobre o litoral e a cidade da Horta, aqui existiu um pequeno reduto destinado à defesa do antigo cais da Areia Larga, contra os ataques de piratas e corsários, outrora frequentes nesta região do Atlântico. Também aqui ao lado, laborou uma das maiores indústrias da ilha, uma fábrica conserveira que entrou em laboração em 1964 e chegou a transformar 20 toneladas de atum por dia, reafirmando a relação deste lugar com o mar.
No Baloiço da Areia Larga, a vista perde-se no mar e no horizonte. Mas, bem perto, recorta-se a ilha do Faial e, ainda mais perto, os ilhéus da Madalena, que se constituem como um importante geossítio e local de nidificação de diversas aves marinhas. Para o outro lado, a silhueta do guindaste impõe-se no porto e, mais adiante, a zona balnear da Areia Larga.